quarta-feira, dezembro 15, 2004

Contos de andanças do ano vai morrer

Estou postando este pequeno artigo para uma possível reflexão futura de meus companheiros cientistas sociais. A discussão está aberta para todos, o texto é muito bom. Leiam com cuidado, ele pode persuade-lo.
Eu encontrei esta pérola em São Jorge, uma cidade que fica perto de Brasília. Foi numa igrejinha que minha mãe quis entrar para rezar. Eu fui atrás para dar uma olhada no local e pequei um folheto para lê-lo durante a viajem. Ao chegar a última parte, me deparei com o seguinte artigo. Não liguem para os erros de concordância.

A COERÊNCIA DA FÉ (NA HORA DE VOTAR)

Ser católico é ter fé em Jesus Cristo e seguir seus mandamentos, além de ter sido batizado e pertencer à Igreja. Há pois uma coerência entre a fé e a vida. Em outras palavras, o cristão vive de acordo com o que crê. Procura colocarem prática o que professa pela fé.
Vivemos numa sociedade pluralista. Por isso o cristão está aberto ao diálogo com todos. Não impõe seu próprio ponto de vista nem fé a ninguém. Não julga a vida particular dos outros, porque cada um responde perante deus e perante sua própria convivência acerca de seus atos.
Mas quando se trata de votar, respeitando a posição de cada um, o católico evidentemente tem diante se si as exigências de sua fé, para a promoção do bem comum. Seu critério de votação são os dez mandamentos, não no sentido de examinar como cada candidato os cumpre - isto não é de sua alçada - mas como cada candidato os utiliza para a construção do bem comum, em cuja ação deve representar o eleitor.
Por isso o católico não votará em candidato que:
Primeiro: defende princípios que atentem contra a liberdade religiosa, não deixando para Deus o espaço que Ele merece, de ser amado sobre todas as coisas, como fizeram todos os partidos marxistas quando chegaram ao poder;
Segundo: não respeita o nome e as coisas de Deus, tentando eliminar as expressões religiosas nos lugares públicos, quer pelo repúdio às imagens católicas, quer pela substituição dos nomes que identificam nossos lugares, à semelhança do que fizeram os Talebans;
Terceiro: se opõe à santificação e consequente repouso nos domingos e à abolição dos dias santos de guarda;
Quarto: promove medidas que desestruturam a família, desestabilizando-a pelo divórcio, diminuindo a autoridade dos pais sobre os filhos, promovendo uniões contrárias à Lei de Deus;
Quinto: defende o aborto e a eutanásia, bem como tenta justificar a violência e o desrespeito à vida;
Sexto: propaga que, em matéria de sexo, não existe certo e errado, e que seu uso é apenas questão de diversão;
Sétimo: incentiva invasão de propriedades legitimamente adquiridas ou de utilidade pública, querem prédios, quer em terras; ou legitima saques e arrombamentos como meios de organizar a sociedade; ou pauta sua conduta e suas posses usufruindo indevidamente de bens que deveria administrar, deixando-se levar pela corrupção e deso-nestidade neste campo; não tem visão de justiça e de bem comum;
Oitavo: Não prima em sua verdade: mente, faz propaganda falaciosa, engana, não merecendo crédito;
Nono: promove "uniões livres", isto é, sem compromisso de fidelidade; apóia a prostituição;
Décimo: apresenta falsas promessas da repartição de bens, que não lhe pertencem, e leva as pessoas a se organizarem para obter, à força, o que não querem merecer pelo trabalho; cria insatisfações no povo para levá-lo a medidas radicais.
Lembramos que os des mandamentos não são invenções humanas mas provêm de Deus. Cristo veio mostrar que o essencial de todos eles está no amor: amar a Deuas e amar o próximo. Isto significa: 1. adorar Deus; 2. amaras coisas de Deus: seu nome e suas expressões; 3. respeitar o tempo e o espaço de Deus; 4. amar a família que Deus nos deu; 5. amar a vida; 6. amar o corpo, tal como o recebemos do Criador; 7. amar os bens que Deus nos colocou à disposição; 8. amar a verdade; 9. amar op matrimônio indissolúvel; 10. amar os outros como tudo o que eles são e possuem.
Cartilha Eleitoral - 2002
Dom Dadeus Grings
(tirado do informativo mensal da diocese de Formosa - GO. ANO 4, N 47 - JULHO - 2004. DIACONIA)

Bom, nem sei o que dizer. Este texto é muito du caralho, a gente nem sabe por onde começar. Além de muito mal escrito, o texto é paradoxo do começo ao fim, assim como a Igreja católica.
Eu estou com muito sono agora para escrever alguma leitura minha sobre este texto. Reflitam sobre ele, mais tarde eu escrevo algo mais adequado. Mas o texto é inspiração para um livro inteiro. Dá muita vontade de escrever, se expressar, quando a gente lê uam coisa dessas. Por mais que eu tente tolerar o poder eclesiástico, quando a gente menos espera eles mandam uma bomba dessas. E isso é diariamente. Imaginem quantos lares recebem estes informativos e o colocam embaixo do braço como se fosse a mais pura expressão da verdade divina.
vocês leram o texto, nele têm menções sobre o taleban, sobre os marxistas, assuntos circunstanciais colocados e generalizados sobre um prisma estrutural de uma maldade sem fim e piedade. Pensem, minha mãe leu este folheto, ou folheou. Mas, não faz a menor importância, o assunto é outro, e é muito mais grave. Quando eu li este folheto logo pensei na minha apresentação sobre o anticomunismo, caiu como uma luva. Só que, como eu sou muito desligado, perdi o maldito e achei que minha mãe tivesse jogado fora. No entanto, como deus sempre ilumina quem crê, minha mãe achou a porcaria e me mostrou hoje a tarde. E agora eu disponibilizo ela para todo mundo.
O original eu vou levar para Londrina. Vou recorta-lo e prega-lo em algum lugar no meu quarto.
Vocês viram que na fé existe muita coerência mesmo.

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