sexta-feira, junho 24, 2005

Guess who is back...??

Adesão foi de 80% no Paraná
Governo afirma que participação chegou a 20%; estudantes “engordaram” movimento

Professores e estudantes das universidades estaduais do Paraná retomam atividades normais hoje depois de três dias de greve. “A paralisação foi suspensa, mas a mobilização continua”, declarou a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Ana Estela Codato Silva.
Pela manhã, o comando geral da greve se reúne em Maringá para fazer um balanço da paralisação iniciada na última terça-feira e definir os novos rumos do movimento.
Ontem, no último dia de manifestação, docentes realizaram assembléias
nos campus enquanto os alunos mantinham as atividades de protesto em
apoio aos professores. Em todas as reuniões, a opinião recorrente foi de que a greve foi válida ao colocar em evidência a necessidade de reajuste salarial.
O comando de greve diz que a adesão aos três dias de paralisação atingiu quase 80% nas cinco universidades. “Apenas um ou outro professor que já tinha marcado prova antecipadamente é que entrou em sala de aula”, disse o professor de Comunicação da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Marcelo Bronoski.
Na UEL (Universidade Estadual de Londrina), tivemos a participação de praticamente 100% dos professores”, anunciou Inês Almeida, diretora do Sindicato dos Professores de Ensino Público de Londrina (Sindiprol).
A informação foi contestada pelo secretário secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Rizzi. Segundo ele, a greve
se restringiu às universidades de Londrina, Maringá e Cascavel, e mesmo assim, nessas três, a adesão foi de, em média, 20% dos professores. “Os estudantes participaram do movimento, o que deu a impressão de que ele foi maior. Mas quem não aderiu trabalhou normalmente e nas demais instituições não houve paralisação”, afirmou.

Novo protesto

Representantes das cinco instituições (UEL, UEPG, Universidade Estadual de Maringá-UEM, Universidade Estadual do Oeste-Unioeste e Universidade Estadual do Centro-Oeste-Unicentro) se reunirão na sede do Sinteemar, em Maringá, hoje de manhã.
Os professores devem avaliar a hipótese de deflagrar uma greve por tempo indeterminado dentro de 37 dias. Uma decisão formal, no entanto, só deve ser tomada na semana que vem, após assembléias em cada universidade.
“Para cada propósito há um tempo e um modo”, pontuou o diretor do
Sindiprol, César Bessa, ao avaliar a possibilidade de uma greve geral
imediata.
Os docentes reivindicam reposição salarial, aprovação de um novo plano
de carreira e abertura de concurso público para suprir o déficit de
profissionais de ensino. Segundo Bessa, a categoria está aberta e
totalmente receptiva ao diálogo com o governo, mas “falta boa vontade”
da esfera estadual para negociar.
Para o secretário Aldair Rizzi, o reajuste pedido pelos professores é irreal. Os índices variam de 60% a 80%. O governador Roberto Requião determinou que os dias parados sejam descontados dos salários dos professores.
Andye Iore, Eduardo Biagini, Miguel Portela e Glória Galembeck/Jornal de Londrina

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