Dissociaram-se (neste processo de dilaceramento) (...) as leis dos costumes; separaram-se do trabalho o prazer, dos meios os fins, do esforço a compensação. Ligado eternamente apenas a um pequeno fragmento do todo, o homem se transforma ao fim em pequeno fragmento; ouvindo eternamente só o ruído monótono da roda que gira, nunca desenvolve a harmonia de sua natureza e, em vez de representar no seu ser a humanidade, torna-se apenas em reprodução da sua especialidade (...). Assim, pouco a pouco, a vida individual concreta é devorada a fim de poder alimentar a miserável existência da abstrata vida geral.
Friedrich Schiller (1759-1805). In: Teatro Moderno, de Anatol Rosenfeld.
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