sexta-feira, maio 13, 2011

Aos que têm(em) fome

A ilusão de saber é o artifício ilusório de ser. Não se é, se não se sabe. Mas se pensa saber, na medida em que se supõe ser.
O ardil de dialética me fez acreditar no homem, ser supremo das contradições, artefato herege dos mitos irracionais.
A narrativa do sentido se apequena em meio a intrasigência nefasta dos interesses diários.
Quem é esse ser faminto que anda pelas ruas da cidade? De que ele vive?
Em cada passo, um impulso. Sobrevivência.
Em cada casa, um conforto. Indolência.
De que será que vale o passado? Onde se esboça a imanência? Na mente ou na realidade?
Inverta as imagens, e verá que ainda continua no mesmo lugar. Desespero.

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